Nossa, há quanto tempo não escrevo aqui!? A ferrugem e o pó já se destacam entre as linhas, mas vamos cuidar disso. Vamos gerar movimento.
Talvez seja a hora de retomar o hábito do registro do cotidiano, motivo pelo qual criei inicialmente o blog lá atrás, e sem dúvida, sempre gostei mais desse formato de expressão, a palavra escrita. Quando comecei o blog, o recurso de registro mais comum da prática ainda era a fotografia. Era mais fácil compartilhar uma foto que um vídeo, e claro, o recorte fotográfico esconde melhor os defeitos, as falhas da nossa prática cotidiana.

O tempo passou e atualmente é mais comum e mais interativo o compartilhamento de vídeos curtos. Quem aí não navega pelos Stories e Reels do Instagram ou pelos Shorts do YouTube!? Esses canais são exaustivamente usados hoje em dia. Confesso que sinto falta da fotografia, e claro, não abro mão do seu uso no meu próprio feed do Instagram (o @aikicore – segue lá). Vira e mexe compartilho um retrato, um momento imóvel na linha do tempo da minha trajetória, onde meu corpo, espírito e olhos estiveram. Que coisa prazerosa. Você mais jovem talvez não compartilhe dessa visão, e tá tudo bem, ainda nos encontraremos pelos Reels que compartilho com frequência atualmente para auto avaliar meu estudo e, claro, ajudar na divulgação do Aikido; mas claro que, seria ainda melhor, nos encontrarmos um dia pessoalmente nos tatamis, será um prazer.
Minha preocupação com esse movimento de compartilhamento de vídeos é como absorvemos e fazemos uso desse material tão abundante. Por vezes você vê uma vez, salva numa pasta entre tantas outras que nunca abre, e lá ele morre junto de outros irmãos e irmãs, sem nunca ser de fato apreciado e estudado.
Uma média de 6 milhões de reels de diversos temas eram produzidos no Instagram em out/21. Hoje, esses números certamente progrediram. Entre tantos vídeos, qual a importância do seu!? Quantos vídeos você já salvou naquela pasta!? Quantos destes levou para a sua prática e estudo!? Como esse “método de estudo” influencia a percepção da sua qualidade técnica!?
Cautela.
Fotos e vídeos não transferem habilidade, bem longe disso. A construção de uma habilidade motora passa por diversas fases de aprendizado e pode, sem dúvida, levar anos para que se expresse naturalmente em nossa técnica. Tenha em mente a expectativa correta e que espelhe o volume da sua prática cotidiana e não do número de vídeos que você vê ou do número de horas que navega nas redes sociais.
Aprender leva tempo… e não basta salvar um vídeo para achar que dominou uma técnica sem praticá-la. Cuidado, no barco dos reels a maioria não navega, naufraga.
Bons estudos galera!