Ontem, assim que cheguei em casa depois do treino, fui assistir mais esse vídeo produzido pela galera do canal Aikido Brasil. Sem palavras para agradecer esse conteúdo.
Lembro bem da primeira vez que participei de um seminário com Donovan Sensei e do que ele me disse quando passou pela roda de amigos na qual eu me encontrava – “Keep up, you´re good!” Pode parecer bobeira para a maioria, mas para mim, foi um incentivo e tanto. Em 2012, eu viajei para vê-lo na Colômbia e fui uke de alguns candidatos a promoção para yudansha que estavam sendo avaliados por ele, acho que foi ali que ele percebeu como era meu ukemi. No dia seguinte, durante a aula, ele me chamou para fazer ukemi, e desde então, toda a oportunidade que tenho para estar presente em um dos seus seminários, ele faz questão de me chamar para auxiliá-lo na demonstração de uma técnica ou outra. Para mim é a uma honra tremenda ter a oportunidade de sentir o aikido desse mestre e poder ter uma pequena noção do que ele faz (a parte difícil é traduzir isso pro meu corpo… rsrs), além claro, de ter minha evolução acompanhada um pouco mais de perto por ele, ao menos, é assim que percebo essa relação cultivada após todos esses anos buscando estar perto dele sempre que possível.
Além de ser uma das inspirações mais marcantes do meu Aikido, varias colocações que Donovan Sensei faz nesse vídeo norteiam a minha prática atualmente.
- Aikido é movimento.
- Entendendo que cada um tem um corpo diferente e se move de acordo com suas limitações é preciso que dentro do movimento haja uma estrutura básica.
- Armas ensinam bom equilíbrio, bom centro, como relaxar os ombros, como usar seu core… coisas básicas que não se consegue sozinho somente com tai-jutsu.
- Algumas pessoas entendem o movimento pelo contato, sentindo, outras ouvindo, outras olhando.
- É importante praticar e vivenciar o aspecto físico do arte, isso é bom, mas eventualmente, isso precisa mudar.
- Há mais que o aspecto físico. É preciso atentar para o fato de que você está lidando com as coisas sem ser agressivo, sem acreditar que você precisa ser destrutivo com aquela pessoa.
- Você não precisa ser amigo de alguém, mas ser consciente que todos são seres humanos, como você mesmo; todos vivemos juntos neste planeta e precisamos conviver… de outra forma nos destruiríamos.