
Este é um tema bastante discutido em comunidades de aikido. Alguns grupos não aceitam separar as duas coisas, outros, não vêm necessidade de aliar esses conceitos, Aikido e religião.
Todos sabemos que o fundador do Aikido era bastante religioso, adepto da Omoto… mas nem por isso, ele obrigou seus uchideshi a praticá-la.
Algumas pessoas estranham quando, no começo e no final dos treinos, nos curvamos diante da imagem do fundador. Estranham também quando executamos essa mesma reverência para com nossos instrutores e parceiros de treino.
Que fique claro: Aikido não é religião, mas a instrução e o refinamento do espírito. Você não será convidado a fazer parte de nenhuma seita ou doutrina religiosa, mas sim a manter sua mente e espírito sempre abertos.
Os cumprimentos, as palavras usadas e os procedimentos executados no tatame derivam da cultura japonesa do Aikido, portanto preservar esse protocolo é manter a tradição da arte.
Se o Aikido tivesse sido criado no Brasil, certamente os cumprimentos seriam realizados de outra maneira.
Portanto, durante a prática, quando nos curvamos, não se trata de um ato religioso, mas um sinal de gratidão e respeito. Como um aperto de mãos, um abraço ou um agradecimento verbalizado.
Dito isso, se alguém não concordar com as reverências, poderá não executá-las, bastando para isso que comunique antes ao instrutor.
Bons treinos a todos!